Infância
Um menino agachadinho
Jogava o pedregulho no rio
Bem de cima do morrinho
Estava assaz pensativo
Imaginava os porquês
Arriscava os paraquês.
Para ele a vida era linda
Como são os passarinhos
Ignorava sua natureza finda
Pensava apenas nos ninhos.
Lembrou da noite anterior
Das primas malvadas
Que vestidas de monstro
O causaram tanto temor
Lembrava do avô
Que o levantava bem alto
E o homem no asfalto
Chamando:" O! Sô! "
Lembrou da vaquinha
Que mugia e mugia
Tinha a cara pretinha
E o leite saia quente.
Das lembranças
Voltou de repente.
Teve vontade da vida
Tão recente
E tão querida
Olhava para o céu e
Eufórico pensava no mundo
Sem saber direito o que era
Gritava ao vento:
Gira mundo! Gira mundo!
Estava então isento
Do que descobriria depois
Ser tão imundo....
Eder de A. Benevides
Um menino agachadinho
Jogava o pedregulho no rio
Bem de cima do morrinho
Estava assaz pensativo
Imaginava os porquês
Arriscava os paraquês.
Para ele a vida era linda
Como são os passarinhos
Ignorava sua natureza finda
Pensava apenas nos ninhos.
Lembrou da noite anterior
Das primas malvadas
Que vestidas de monstro
O causaram tanto temor
Lembrava do avô
Que o levantava bem alto
E o homem no asfalto
Chamando:" O! Sô! "
Lembrou da vaquinha
Que mugia e mugia
Tinha a cara pretinha
E o leite saia quente.
Das lembranças
Voltou de repente.
Teve vontade da vida
Tão recente
E tão querida
Olhava para o céu e
Eufórico pensava no mundo
Sem saber direito o que era
Gritava ao vento:
Gira mundo! Gira mundo!
Estava então isento
Do que descobriria depois
Ser tão imundo....
Eder de A. Benevides