quarta-feira, 1 de julho de 2009

O valor do verão


O valor do verão


Gosto das chuvas de janeiro
E se estou pensativo caminhando
Abro um sorriso gostoso quando
O pé d’água molha esse eu caminheiro
Danço na chuva aos rodopios
Rodopiando amores omissos
(doces amores de uma noite)
Rodopiando sorrisos recebidos!
(perenes sorrisos de várias noites)
E rodopiando,
Por fim,
O brinde de ter amigos!
Sabe, somos felizes no verão.
Não há preocupação
Não há aquele aperto no tórax
De estar vivendo a vida ordinariamente
Sem clímax
Tão longe de um filme pessoal
Esperando ansioso o sinal
De um futuro totalmente surpreendente
Emocionante
Perigoso e pouco evidente.
Mas sabe, o verão é um ludibrio feliz.
Um confortável sonambulismo
Romances sem realismo
Efêmeros sorrisos em vão
Ou não!
Estão em função do tempo,
Porém,
Ficam.
Permanecem indefinidamente no coração.
Absolutamente
Evidentemente
Não são em vão!
Porque se o fossem não teríamos forças
Para resistir ao frio do inverno
E esperarmos ansiosos por um novo janeiro.
Fevereiro
Março
Abril
.
.
.




Eder de A. Benevides