domingo, 2 de agosto de 2009

Fantasia Fantasia


Fantasia Fantasia

Soam notas ordenadas
Arrumadas
Num arranjo caótico.
Psicodélico frenesi!
Desarranjo lógico
Uma doce fantasia!
Quem diria!
É o caminho dos sonhos
Como aquela estrada
De tijolinhos amarelos
Em que desejos singelos
Levam à procura
De cérebro
Coração
E a coragem
Assaz estimada pelo leão.
Há seres estranhos
Nessa sonata fadada
Aos delírios da mente!
Seres espectrais
Cuja existência não se vê
Se sente.
Sanidade não há mais
Pois impede a razão
Os rodopios das fadas
Que num bosque escuro
Brilham feito lampião.
São danças aladas
De almas amadas
Por corações juvenis
Jamais vis!
Como os das crianças eternas
Da Terra do Nunca
Que seguem o compasso
Com palpitações obscenas
Marcando passo
Sem o vexame de seguir
Com delírio e espasmo
Essa sonata de Chopin
Fantasie Impromptu!



Eder de A. Benevides