quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Viçosa

Que saudade irei ficar da babilônia
Da saudade de ter saudade
Dum submundo/mundo da insônia.
Saudade das festinhas do porão
Do samba dos espíritos inquietos
Que batucam o medo da solidão.
Saudade de ser “tilêlê”
“Bichogrilar”
Na madrugada
Desvairada
Desvairada
Madrugada

Maracatu, samba, erva doce
Imersão, bossa, boemia
Da noite e tudo o que fosse
Esperaria sem pressa pelo dia.

Ai que saudade dos sorrisos heterogêneos
Dos corações ecléticos
Da liberdade de ser o olhar
E de olhar em olhar
Trocar sentimentos dialéticos
Olha-se
Fixa-se
Entende-se
Cria-se
Destrói-se
Discorda-se
Dança-se a dança incompreendida
Da juventude justiceira
Que com a vida briga e se endivida.

Eder de A. Benevides