Serei, no fim de tudo, morto e poeta.
Guardarei o amor que sempre tive por meta
No convite da derradeira despedida
Na essência de minha pretérita e extinta vida.
Não erguerei lápide com epitáfio irreverente
Erguerei o monumento de minha paixão
Que mentiu e no além ainda mente;
Que foi como os ébrios vivos são:
Verdadeiros, mentirosos e inconseqüentes.
[Mentir é amar com toda intensidade
É dizer que o que sente é deveras maior
É tornar todo um universo cósmica verdade.]
Deixarei um legado de rabiscos sem assinatura
Para que, numa clareira lunar, poeta alma os encontre
E os transforme em mentiras/verdades com nova moldura.
No mais, não me aflige a idéia de morrer.
Porque, após o réquiem da minha madrugada,
Vou para longe.
Buscar onde o lirismo tange
Para poder, em outros corações, fazer nova alvorada.
Eder de A. Benevides
Olá Eder,
ResponderExcluirNão sei se escolho sua prosa ou poesia.
Fico com as duas.
Abraços com luz.