sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Tempestade.

Vários são os olhos que me fazem feliz

Olhos astutos
Austeros
Até matutos.

E esse teu olhar
Esse azul reluzente que reflete o mar
É um navio em meio à tempestade.
E por mais que eu me afogue,
Estou assaz longe da felicidade.

Quero bradar!
Enfrentar as ondas corajoso,
Atacar Netuno com os meus braços.
Mas falta-me ar.
Falta-me a segurança
A certeza da vindoura bonança.

És o olhar que me tira o chão
O sono
E a razão.

A fúria dessa tormenta
É intensa na medida de meu desejo.
Desejo-te deveras
Transmuto-me nessa angústia sedenta,
Ávida por tocar a pele de teu rosto
Fitar tua pupila dilatada
Que espera por sentir meu gosto.

Inundar-me-ei de ti.

E quando tudo terminar
Sorrirei a celebração da vaidade
Pela vitória de em teu olhar
Ter, enfim, encontrado a felicidade.






Eder de A. Benevides

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