Querida luta.
Luta sem solidão
dos companheiros
e das primaveras
que sempre virão.
Do pólem fértil
que corta o vento
e em dado momento
encontra o receptáculo.
Fecundo,
transformas o mundo.
Querida luta.
Luta com o luto
dos pesares
em pensares
no que se deixa;
no que se fere
e é ferido.
O medo de ir
e de não regressar.
De ser dragado,
jogado na saudade
e de perder sua verdade.
Querida luta.
Luta de nós,
luta deles
e daqueles
que pela vida labuta
com a vontade arguta
de roubar o céu
e tecê-lo novamente
com a lã diferente
dos tecelões distantes.
Amigos vivos
dum mundo novo,
duma terceira via,
da vanguarda do povo,
do país da utopia.
Eder de A. Benevides
Muito bom cara!
ResponderExcluirMUITO BOM MESMO.
"e tecê-lo novamente
com lã diferente..."
perfeito.