sábado, 8 de janeiro de 2011

Ser um Quixote!


Atravessou a incógnita das minhas pupilas
Um dos segredos ocultos pelas constelações,
Daquelas verdades, se um dia segui-las,
Que de coração fragmenta-se em ações.

Fui deveras lúcido em meu nobre intuito
E em tanta razão perdeu-se o novel Quixote.
Fui daqueles que dos outros exigiu muito
E deixou de ser cavaleiro que se note.

Não tão bravo quanto o manchego de outrora
Sou desertor de um mundo em plena guerra.
Consumido pela inconstância que me devora
Sou soturna alma que pelas trincheiras erra.

Quero um astro que indique minha alvorada
E uma espada que reluza plenamente;
Quero escudeiro que me acompanhe pela estrada
E encontrar mil aventuras pela frente.

Eder de A. Benevides

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