quinta-feira, 17 de junho de 2010

Eu marinheiro


Sou marinheiro.
Navego pelos mares cósmicos
Num universo estrelar.
Sou capitão aventureiro.
Conduzo meu navio.
Enveredo-o por explosões galácticas
Num ímpeto pertinaz de me lançar
Nessa complexidade;
Na irreverente aventura de viver.
Na irresistível aventura de ser
Mais do que na verdade sou.
Quero me emocionar,
Apreciar a arte abstrata das nebulosas.
Fugir dessas virtudes ociosas.
E quando nos encontrarmos
Poderei contar empolgado
Que já me banhei numa chuva de estrelas.
E quando nos abraçarmos
Poderei contar em seu ouvido
O segredo mágico de vê-las tocar a pele
E senti-las no cerne do próprio universo.
É sentir o corpo imerso;
Submerso na própria concepção de existência.
Existir é navegar incessante.
Procurar sempre aquele sentido longínquo
Aquela estrela perdida no horizonte.


Eder de A. Benevides

Um comentário:

  1. você escreve muito bem, cara.
    notei que tinha parado de postar, mas voltou empenhado.
    MUITO BONS TEXTOS!
    abraços!

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