quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Cinema


Cinema

É a imaginação de brilho incandescente
Que da brasa estoura em centelhas mil
É o encanto que vem do cerne de uma mente
Onde há heróis e as sombras de um coração vil

Despertam a euforia de uma criança
Heróis que brincam com o imaginário
Nos adultos revive aquela velha lembrança
E num ato de coragem torna jovem até um coração centenário

Traz a tona as terríveis desventuras humanas
Desnuda o âmago de falsos sorrisos
Denuncia as mais íntimas fantasias profanas
Mostra o vexame dos mais atrozes segredos omissos

Leva-te à tempos por eras esquecidos
Faz das secretas rapsódias a faísca de um olhar
Revive a fantasia de lendas e contos proibidos
Faz do frenesi do clímax a necessidade de mais ar

Por traz das câmaras o feitiço de um bruxo
Os caprichos de um ser excitado pelo fantástico
Que faz do cenário e atores um espetáculo de luxo
Torna impossível desviar a empolgação dum olhar estático

É a pura e explosiva magia da sétima arte
O poder meticuloso de impressionar,aterrorizar e matar
Matar como faz a entrega de uma rosa escarlate
Assassina o juízo e te sugere a querer voar


Eder de A. Benevides

2 comentários:

  1. Li esse poema e vivenciei um filme com um dos roteiros mais ludibriadores e completos que já vi. Sintetizou toda aquela magia complexa e singular das grandes telas cinematográficas transferindo para versos as sensações múltiplas de um filme extasiante, daqueles que prendem nossos olhos e conseguem nos deixar vidrados por uma noite inteira, ou por uma vida inteira! E no fim ainda tem o dom de te dixar boquiaberto à beira de uma profusão de aplausos evidenciados pelas mãos e pelos olhos que permnecem cintilantes. (:

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