
Lume
Era um vaga-lume
E um ambiente lúgubre.
Iluminou-me.
Deixou-me tonto.
Aquele serzinho
Rodopiava,
Reverberava
E se ia ao longe.
E no que tange
A minha curiosidade
Gritei!
“Espere!
Segui-lo-ei"
O lusco-fusco
Correu as sombras.
Penetrou a penumbra
Fundo!
Corri por esse mundo
De galhos retorcidos
E sonhos perdidos
No imenso breu.
Por um momento
O inseto desapareceu.
Desesperado
Ajoelhei-me
Chorei.
Todavia, do meu lado
O brilho pertinaz
Num movimento aéreo
Ressurgiu.
Passou por mim.
Olhei para trás.
Fiquei atônito.
Eram tantos!
Carentes de fim.
Mil
Milhares
De dançarinos alados;
Sonhos desencontrados
Que subiam ao céu de ônix
E numa valsa sublime
Adornaram a pedra nua.
O clímax!
Formaram a lua.
O mundo se iluminou
Por um instante.
Era cristalino;
Diáfano
Como diamante.
Minhas pernas trepidavam
E meu corpo estremeceu
Ao caminhar pelas terras
Desse reluzente mundo
Cuja existência não conhecia,
Mas que sempre foi meu.
Eder de A. Benevides
você tem umas rimas incrivelmente impensáveis para mim. sua prosa é impressionante.
ResponderExcluirMUITO BOM.