terça-feira, 27 de abril de 2010
Lume
Lume
Era um vaga-lume
E um ambiente lúgubre.
Iluminou-me.
Deixou-me tonto.
Aquele serzinho
Rodopiava,
Reverberava
E se ia ao longe.
E no que tange
A minha curiosidade
Gritei!
“Espere!
Segui-lo-ei"
O lusco-fusco
Correu as sombras.
Penetrou a penumbra
Fundo!
Corri por esse mundo
De galhos retorcidos
E sonhos perdidos
No imenso breu.
Por um momento
O inseto desapareceu.
Desesperado
Ajoelhei-me
Chorei.
Todavia, do meu lado
O brilho pertinaz
Num movimento aéreo
Ressurgiu.
Passou por mim.
Olhei para trás.
Fiquei atônito.
Eram tantos!
Carentes de fim.
Mil
Milhares
De dançarinos alados;
Sonhos desencontrados
Que subiam ao céu de ônix
E numa valsa sublime
Adornaram a pedra nua.
O clímax!
Formaram a lua.
O mundo se iluminou
Por um instante.
Era cristalino;
Diáfano
Como diamante.
Minhas pernas trepidavam
E meu corpo estremeceu
Ao caminhar pelas terras
Desse reluzente mundo
Cuja existência não conhecia,
Mas que sempre foi meu.
Eder de A. Benevides
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você tem umas rimas incrivelmente impensáveis para mim. sua prosa é impressionante.
ResponderExcluirMUITO BOM.