quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sonho Ruim


Sonho Ruim

Acho que me encontrei
Num carnaval diferente
As pistas estavam vazias
E as ruas sem gente
Faltaram as fantasias
Morreu a magia
Daquele samba possante
Que antes não cessava
Por um único instante
A galhofa de outrora
É a nostalgia que chora
No coração da mulata
Cuja profunda tristeza
O âmago do folião arrebata
Apagaram-se os refletores
E nesse fúnebre carnaval
Não restou amores
Tão pouco os louvores
Daquela gente feliz
Que samba por sambar
E com o brilho nos olhos diz
Que o sambódromo é sim
O seu doce doce lar.



Eder de A. Benevides

2 comentários:

  1. Tipicamente um brasileiro que sente o carnaval à flor da pele e que vê no samba uma arte que o coração de malandro não repele.

    Como de costume, uma delícia de lirismo!

    ResponderExcluir