segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Tum

O dia passa sempre infalível
Junto às batidas ásperas dum coração
(Ébrio coração)
Aquela rítmica canção

Delirante e inefável
É o órgão cardíaco dos pródigos
Ébrios e insatisfeitos
Como o castanho frívolo de meus olhos

São olhos grandes e claros
Que espelham meu ser inexperiente
e a angústia da incompreensão
(Um ver abrupto de minha mente)

Jogo-me de joelhos
Escureço a visão
Ouço o oxigênio penetrar meus pulmões
Escuto a rítmica do aparelho vão

Tum Tum
Tum Tum
Um presságio?
Um talvez?
Tum Tum
Tum Tum
Não!
Sou eu
Outra vez

Bebendo da insanidade dos loucos
Alucinado com a visão do próprio cerne
As lágrimas vertem
Acompanhadas de soluços roucos
Quase mudos

É a esperança derradeira
A aflição dos iludidos....





Eder de A. Benevides

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