O dia passa sempre infalível
Junto às batidas ásperas dum coração
(Ébrio coração)
Aquela rítmica canção
Delirante e inefável
É o órgão cardíaco dos pródigos
Ébrios e insatisfeitos
Como o castanho frívolo de meus olhos
São olhos grandes e claros
Que espelham meu ser inexperiente
e a angústia da incompreensão
(Um ver abrupto de minha mente)
Jogo-me de joelhos
Escureço a visão
Ouço o oxigênio penetrar meus pulmões
Escuto a rítmica do aparelho vão
Tum Tum
Tum Tum
Um presságio?
Um talvez?
Tum Tum
Tum Tum
Não!
Sou eu
Outra vez
Bebendo da insanidade dos loucos
Alucinado com a visão do próprio cerne
As lágrimas vertem
Acompanhadas de soluços roucos
Quase mudos
É a esperança derradeira
A aflição dos iludidos....
Eder de A. Benevides
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